julie azevedo
Since 86. Queer person. leitora que escreve & escritora que lê. escuto música, bebo café e sou adepta do slow living e slow content. Aqui temos praticamente 15 anos de história. arte: yelena bryksenkova

Lá e de volta outra vez


Uma jornada, então, acaba. Como Bilbo, receamos sobre essa nova aventura. Pensamos muito antes de partirmos pela estrada. Lá no fundo temos um certo espírito aventureiro também e decidimos que seria uma aventura diferente. Pois bem, partimos. Pelo caminho tivemos aliados, e também alguns ~perigos~; chegamos à montanha, enfrentamos o dragão, pegamos o tesouro e agora faremos a volta para o Condado.

Voltar para casa é um alívio. As condições do Brasil não estão das melhores, mas é impossível não pensar em lar quando se fala do nosso país. Não me considero muito patriota. Embora essa relutância em ~admitir~ que gosto do Brasil, eu sentia falta de muitas coisas. Obviamente a principal delas era da família. Então poder voltar e abraçá-los é um respiro necessário. Claro que sinto falta da comida brasileira (e gente, não temos do que reclamar, a comida brasileira é uma das melhores mesmo. Sério!), do nosso apartamento em SP (a sensação é de não pertencer a esse lugar, sabem?) etc. São coisas que na hora você acha que não vão fazer diferença, mas nossa como fazem!

Contudo, nesse momento estou com sentimentos conflitantes. Eu gostei do Chile, de Santiago; porém tenho minhas (muitas) ressalvas, ao mesmo tempo que sinto deixar para trás algumas coisas importantes (penso que são os amigos). Talvez seja só a sensação. Acho que eu esperava ficar mais tempo, adquirir mais experiência, mas está tudo bem. Me sinto mais sábia em alguns aspectos, por isso essa jornada foi bem importante. A visão de mundo que a gente tem morando em um lugar diferente do nosso é bem esclarecedora. Percebemos coisas que antes, por nunca termos saído do Brasil, a gente não percebia. Além de darmos mais valor ao lugar de onde viemos. Existem países maravilhosos para se viver, mas isso não quer dizer que o nosso seja de todo ruim; todos possuem algum defeito.

Então esse aprendizado faz a gente mudar muitas coisas da nossa percepção do mundo e de nós mesmos, o que é ótimo e realmente gratificante. Eu vejo isso como algo tão bonito pra vida, sabe? Hehe

Voltamos com a sensação de crescimento e, como eu disse, sabedoria. Ainda desejamos ter mais aventuras internacionais, mas por hora essa viagem foi bem interessante.
Esperamos que nossa volta seja algo apaziguador em nossos corações e que tudo, ao seu tempo, se resolve para nos sentimos confortáveis em nosso lugar novamente. :)

J.

Comentários

  1. Te entendo! Mas acho que a gente vai aprendendo que nada é definitivo, nem as idas, nem as voltas ;)

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    1. Enquanto somos jovens tudo pode mudar né? A gente tem que estar meio aberta para qualquer tipo de mudança, externa ou interna. ;)
      Beijins!

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