julie azevedo
Since 86. INFJ. Queer person. leitora & escritora. escuto música, bebo café e me preocupo demais com coisas que não deveria. Este blog tem mais de década de história, mas por aqui as coisas acontecem um pouco devagar.

Filmes que eu recomendo #6

via Unsplash
De dois em dois anos (não é uma regra, é só esquecimento mesmo) venho aqui e recomendo três filmes que gosto muito com um tema em comum; falo um pouquinho deles e digo o motivo de gostar desses filmes. 
Nesse post, então, estou trazendo mais três filmes e o tema será histórias trágicas. E não se preocupem, não terá spoilers, por isso não deixem de ler a pequena sinopse que faço para que vocês se interessem por essas películas, hehe.

Nomeei o tema dessa forma por conta da história em si, mas assistam aos filmes para tirarem suas próprias conclusões. ;)


À Espera de Um Milagre (The Green Mile)

Adaptado do livro de mesmo nome do mestre do terror, Stephen King, porém um drama, esse filme do diretor Frank Darabont (Um Sonho de Liberdade; The Walking Dead season one) nos mostra um corredor da morte (green mile, no original) onde alguns policiais, entre eles Paul, presenciam casos de crimes que são levados à cadeira elétrica. Em um momento um preso muito peculiar, chamado John Coffey - como "café", mas escrito diferente, hehe - chega a cadeia, impressionando a todos e aos poucos ganha a simpatia dos policiais, e até de alguns presos, por parecer bondoso e inocente, nada do que foi acusado.

Eu não sei vocês, mas Tom Hanks é um dos meus atores favoritos e nesse filme ele está tão bom, mas tão bom que o único que o ofusca, um pouco, é o Michael Clarke Duncan como o grandalhão bondoso que é acusado injustamente.

A história parece não ter nada demais, contudo aos poucos ela vai se mostrando diferente e impressionante. Sim, é um filme que depois que você assiste a primeira vez perde o seu mistério, mas não é um ponto negativo. Mesmo Stephen King não aprovando (nenhum filme adaptado das suas obras, alias) esse filme é ouro e merece ser assistido.


Desejo e Reparação (Atonment)

Também uma adaptação, do livro Reparação de Ian McEwan, com uma fotografia bela e direção de um dos meus diretores preferidos, Joe Wright, o filme conta basicamente a história de três personagens: Briony, Cecilia e Robbie. O que a vida desses personagens tem em comum? Além de Briony ser irmã mais nova de Cecilia, Robbie que foi um colega e é apaixonado por Cee, um acontecimento marcante em uma noite quente da década de 30 muda os destinos desses três personagens para sempre.
Em meio a Segunda Guerra Mundial, por um (nem tão) engano de uma menina, Robbie acaba sendo preso e para fugir da prisão se alista ao Exército. Cecilia se torna enfermeira; Briony tenta consertar o que fez de errado, mas será que tudo isso não passa da imaginação da menina?
Esse filme não é exatamente de guerra, mas a guerra é algo fortemente presencial para os acontecimentos, principalmente para o personagem Robbie.

Um dos meus filmes preferidos da vida. Não é um filme romântico, é um filme sobre como ações não pensadas com cuidado podem afetar o resto da vida das pessoas e a culpa que isso pode gerar. Em uma rara exceção prefiro o filme ao livro, mas acho que o segundo é um ótimo complemento para alguns acontecimentos.

Poderia dizer, sem exagero, que esse filme é uma obra de arte, pois apesar de não ser complexo, a psicologia dos personagens é tão bem trabalhada e os aspectos técnicos do filme ajudam muito, também (como a fotografia e a direção, que já tinha comentado).


Na Natureza Selvagem (Into the Wild)

Meu amor mais recente, tanto pelo filme como pelo livro, de mesmo nome. Escrita por Jon Krakauer e adaptado por Sean Penn, a história real de Alex Supertramp, ou pra ser mais exata, Chris MacCandless, é poética, mas um tanto quanto problemática. 

Chris nasceu em uma família de pais de sucesso, porém conservadores, que possuíam bom dinheiro e queriam dar uma vida cheia de regalos para os filhos. No entanto, Chris queria libertar-se das amarras da sociedade em que vivia; da necessidade do dinheiro e das relações superficiais. Decidido, assim, a encarar a natureza selvagem do Alasca, ele parte numa jornada de descobrimento de si mesmo e de suas convicções. No caminho ele encontra pessoas que vão lhe ensinar, por diversos aspectos, as coisas mais importantes da vida para eles. E entre livros, neve e a vida selvagem, Chris se dá conta do que é realmente importante para a felicidade, por um preço um pouco caro demais. 

Nem seria um spoiler eu contar o final, pois é uma história real, e se vocês procurarem sobre ele vão ficar sabendo, mas não o farei. Só posso dizer que a caminhada de Chris ao desconhecido me fez pensar em várias coisas sobre a vida que vivemos e a necessidade de status e coisas materiais. 
Outra coisa que admiro em Chris é como ele não deixa a leitura de seus autores favoritos de lado, e a vontade de sair pelo mundo foi muito inspirada por eles e suas obras. Tolstói, Jack London e Thoreau estão entre eles. 

Filme maravilhoso, livro excelente, que com a película, ganha complemento visual dos fatos. Dessa lista de preferidos, meu favorito.



p.s: notei que são todos adaptações de livros também, hahaha.

Comentários

  1. já cansei de assistir à espera de um milagre, acho tu-do! espero ler o livro! :***

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    1. Sim, filme maravilhoso! Quero muito ler o livro, também. ;)

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  2. Desejo e Reparação é um filme pesadinho, eu fiquei impactada quando assisti!
    Na Natureza Selvagem só assisti até a metade, pois tinha que fazer outras coisas, mas ainda nem terminei!

    Com amor,
    Bruna Morgan

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    1. D&R é meio pesado, mas eu acho de uma sensibilidade sem tamanho, nossa, adoro muito.
      Agora, guria, tu precisa ver Na Natureza Selvagem! Dê mais uma chance, é tão maravilhoso. ;)
      Beijins! E obrigada pelo comentário!

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