julie azevedo
Since 86. Queer person. leitora & escritora. escuto música, bebo café e me preocupo demais com o que não deveria. Blog com quase 15 anos de história, onde as coisas acontecem devagar. arte: yelena bryksenkova

Das reflexões (ou não) de aniversário

Tinha um texto praticamente pronto sobre aniversário, idade e velhice que eu escrevi — pasme! — pro meu aniversário de 31. Sim, há três anos segurando um texto… 
Aí eu li e reli e fiquei pensando se tinha algo daquilo que eu poderia tirar para por em algo novo, porque nem tudo que eu havia escrito naquele texto me representa muito mais.

E foi então que surgiu esse pensamento de que todo ano é um ano totalmente diferente um do outro, mesmo que a vida possa ser um pouco mais constante, algumas coisas vão mudar. Principalmente dentro de nós.

via Unsplash

Nesse aniversário de 24 (+10, risos) eu tenho pensado — e também praticado mais — as mudanças de vários tipos que normalmente acontecem comigo.

Já falei por aqui algumas vezes que sou uma pessoa que gosta de mudar pois isso quer dizer que aprendo sempre, observando, vivendo, registrando (como está escrito ali na minha bio). Prefiro ser uma pessoa que muda de opinião mais seguidamente do que me manter a mesma pro resto da vida. Embora algumas características — as boas — podem (e talvez devam?) ficar comigo, mesmo assim, acho importante sempre rever o que posso modificar, que seja um pouquinho, para evoluir.

Quando penso nisso não é com o intuito de me tornar perfeita — até porque isso seria impossível, ninguém é nem se tornará perfeito —, é apenas um jeito de entregar ao mundo uma forma mais empática e boa como pessoa. Quero poder fazer as coisas da melhor maneira também para os outros, pois não somos sós no mundo.

É que não tem como trabalharmos em conjunto para um mundo mais receptivo as coisas boas se no nosso individualismo formos problemáticos demais. Então sempre olho para isso com o objetivo de aprender e trocar ideias com todos, para que eu seja um pouquinho melhor todo dia para mim, assim posso entregar ao mundo uma versão melhor de mim mesma.

Enfim, dessa vez não tenho muito mais o que dizer sobre fazer mais um ano, ficar mais velha etc.
Só que esses ciclos são importantes para mim, que eu gosto de parar e refletir algumas coisas (não que eu precise que seja meu aniversário pra fazer isso haha) e olhar para o futuro, mas não muito além, porque eu acredito que é melhor olhar para o agora e concentrar no que está ao meu alcance, o porvir é uma incógnita.

Hoje eu estou mais tranquila quanto há várias questões que eu tinha comigo mesma e com minha visão do mundo. Ainda há muito no que trabalhar, claro, porém é bom se dar um pouco de crédito pela experiência até aqui. Nenhum conhecimento é inútil quando ele ajuda no próprio crescimento, não é verdade?

J.

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