A liberdade pelo caminho verde

O final de semana que passou foi um momento diferente desde a metade de Março. Eu pisei o pé fora de casa depois de quase sete meses sem sair na rua. Havia apenas saído de carro, mas não tinha descido o pé fora, nem aberto a porta, nada. Literalmente.

Me senti esquisita, mas ao mesmo tempo — finalmente — livre. Logo que saí do carro senti um estranhamento, como se quase não fosse capaz de caminhar pela calçada e relativamente perto de algumas pessoas, porém ao entrar na loja (fomos comprar ração e areia para a Fiona) vi que não haviam muitas pessoas ao redor e me senti um pouco mais aliviada. Foi aí que meu marido sugeriu da gente aproveitar a ida até ali e poderíamos levar algumas plantas para casa. Acho que aquilo me contemplou. Tanto que eu esqueci que estávamos no meio de uma pandemia, usando máscara. Simplesmente me lembrei de algumas coisas que li sobre plantas e comecei a olhar o que tinha disponível para levar. 

Acabei escolhendo apenas duas das quais (acho que) eu saiba cuidar, mas essas duas já foram minha passagem de alguém que estava ainda bem desanimada com tudo para a porta de outro mundinho que eu quero entrar e não sair mais: o de espalhar plantas para mudar o ar da casa — consequentemente melhorando meu humor também.

Nem vou entrar no mérito de divagar sobre essa coisa de “colecionar” plantas ou montar uma selva urbana em casa (quem sabe em outro texto), mas eu realmente gosto de plantas, pois sempre convivi com elas por muito tempo e por todo lado. Só que nunca fui eu quem cuidava delas, era sempre a minha vó. Quando vim morar em SP até tivemos algumas; uma hortinha aqui, uma suculenta ali, mas depois elas morreram porque fui negligente.

Agora eu quero cuidar dessas belezinhas de verdade. Dar atenção e estar sempre vendo se precisam de água ou de luz, ou dos dois, rs (ou se está na hora da adubação etc.). Então ir montando minha florestinha, que provavelmente não vai ser grande, mas já enche a casa com um aroma de verde, deixando mais alegre e iluminada. ;)