Quem apenas conhece os filmes O
Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, Príncipe Caspian e A
Viagem do Peregrino da Alvorada, não sabe o que está perdendo sem ler o
começo das aventuras na terra mágica de Nárnia,
em O
Sobrinho do Mago. Não foi o
primeiro livro das crônicas a ser escrito por C.S.
Lewis (foi o sexto), mas cronologicamente é onde a saga toda começa,
onde se pode descobrir como Nárnia surgiu
e até que existiram outras terras há muitos anos atrás.
Primeiramente, somos apresentados
a Polly
e Digory,
que moram em Londres, mostrando um pouco o que fazem as crianças naquela época
(provavelmente antes da Primeira Guerra), que já tinham certa imaginação e
nenhum senso de perigo. Logo que eles começam a fazer amizades, decidem
explorar as casas da rua – ligadas umas às outras por tubulações e cumeeiras –
e acabam caindo em uma sala secreta em que o tio maluco de Digory, tio
André,
está maquinando coisas que as crianças nem imaginavam onde iam levá-las. Segundo
tio
André,
por ele ser um feiticeiro muito do competente, criou uma maneira de se viajar
para outros mundos de uma maneira rápida. O problema é que ele precisa de
cobaias para seu experimento, e aí é que Polly e Digory entram numa
encrenca danada, como diria o autor.
As mágicas do tio são anéis que
podem transportar alguém para outro lugar, até então desconhecido. E claro que como
tio
André é um sujeito mesquinho e não pretende ir a lugar algum, manda a
pobre Polly sem a menina sequer desconfiar e depois Digory
logo em seguida. E aí é que os dois vão parar pela primeira vez em um lugar que
não é o mundo deles, muito menos Londres.
Antes mesmo de sabermos como Nárnia surgiu, descobrimos que
já existiu, há muito tempo, uma cidade chamada Charn, onde eles encontram
a temível rainha Jadis, mais conhecida como a Feiticeira Branca. A
confusão começa de verdade quando Digory e Polly tentam voltar pra
casa e acabam levando a feiticeira junto. Em Londres algumas coisas acontecem:
a Feiticeira
consegue fazer com que a cidade fique alvoroçada por sua conduta diferente e
nada comum. É só depois de algum esforço que eles conseguem voltar ao outro
mundo levando a rainha, mas também tio André, um cavalo e seu dono.
É lá, nesse outro mundo escuro
como breu, que tudo começa a surgir magicamente com a música cantada pelo
grande leão dourado, Aslam. Aqui conhecemos os segredos
que envolvem a história e que preenchem muitas lacunas d’O Leão, a Feiticeira e o
Guarda-Roupa. Sabemos agora quem foram os primeiros Rei
e Rainha,
sem contar que somos apresentados ao famoso guarda-roupa e o aí se
entende do porque ele levar as próximas crianças de volta a tão fabulosa terra
de Nárnia.
Avaliação: ★★★★★ ♥
p.s.: essa resenha foi oficialmente postado no Ao Sugo.
Eu preciso ler Nárnia! Aliás, eu dei uma lida no começo e gostei bastante! É uma leitura bem leve. :D Assim, como a tua resenha, gostei bastante. Sempre passo aqui no blog.
ResponderExcluirAgora que tô acabando o terceiro das Crônicas de Gelo e Fogo vou dar uma escapada e ler Nárnia antes de prosseguir para o quarto.
Eu li os sete livros em volume único, pela Martins Fontes. E como gostei da maneira de Lewis em ensinar religião para crianças e acabar ultrapassando muitas fronteiras literárias com isso. Em um dos livros, há uma frase de Aslam que nunca esqueço e levo como ensinamento: "o rei obedece as leis, porque as leis o fizeram rei".
ResponderExcluirAbraços!
essa frase é no livro O sobrinho do mago??
ExcluirTenho o volume único das Crônicas de Nárnia, mas ainda não tive a oportunidade de ler toda a obra.
ResponderExcluirEstranhei o Sobrinho do Mago, em um primeiro momento, pelo tom utilizado pelo autor em alguns trechos. Nada que uma pequena dose de entrega não resolva e, quando isso acontece, você passa a se maravilhar com os detalhes da história, a forma como as crianças encontram um mundo desconhecido e decidem desvendar seus mistérios.
Outro fato interessante é a semelhança entre a criação de Nárnia e a da Terra Média, de Tolkien.
É uma leitura leve, mas da qual você consegue tirar bons ensinamentos. Não é nenhuma surpresa que a obra de Lewis tenha inspirado tantos autores das gerações atuais.