julie azevedo
Since 86. Queer person. leitora & escritora. escuto música, bebo café e me preocupo demais com o que não deveria. Blog com quase 15 anos de história, onde as coisas acontecem devagar. arte: yelena bryksenkova

O início de Nárnia: O Sobrinho do Mago

Quem apenas conhece os filmes O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, Príncipe Caspian e A Viagem do Peregrino da Alvorada, não sabe o que está perdendo sem ler o começo das aventuras na terra mágica de Nárnia, em O Sobrinho do Mago.  Não foi o primeiro livro das crônicas a ser escrito por C.S. Lewis (foi o sexto), mas cronologicamente é onde a saga toda começa, onde se pode descobrir como Nárnia surgiu e até que existiram outras terras há muitos anos atrás. 

Primeiramente, somos apresentados a Polly e Digory, que moram em Londres, mostrando um pouco o que fazem as crianças naquela época (provavelmente antes da Primeira Guerra), que já tinham certa imaginação e nenhum senso de perigo. Logo que eles começam a fazer amizades, decidem explorar as casas da rua – ligadas umas às outras por tubulações e cumeeiras – e acabam caindo em uma sala secreta em que o tio maluco de Digory, tio André, está maquinando coisas que as crianças nem imaginavam onde iam levá-las. Segundo tio André, por ele ser um feiticeiro muito do competente, criou uma maneira de se viajar para outros mundos de uma maneira rápida. O problema é que ele precisa de cobaias para seu experimento, e aí é que Polly e Digory entram numa encrenca danada, como diria o autor.

As mágicas do tio são anéis que podem transportar alguém para outro lugar, até então desconhecido. E claro que como tio André é um sujeito mesquinho e não pretende ir a lugar algum, manda a pobre Polly sem a menina sequer desconfiar e depois Digory logo em seguida. E aí é que os dois vão parar pela primeira vez em um lugar que não é o mundo deles, muito menos Londres.

Antes mesmo de sabermos como Nárnia surgiu, descobrimos que já existiu, há muito tempo, uma cidade chamada Charn, onde eles encontram a temível rainha Jadis, mais conhecida como a Feiticeira Branca. A confusão começa de verdade quando Digory e Polly tentam voltar pra casa e acabam levando a feiticeira junto. Em Londres algumas coisas acontecem: a Feiticeira consegue fazer com que a cidade fique alvoroçada por sua conduta diferente e nada comum. É só depois de algum esforço que eles conseguem voltar ao outro mundo levando a rainha, mas também tio André, um cavalo e seu dono.

É lá, nesse outro mundo escuro como breu, que tudo começa a surgir magicamente com a música cantada pelo grande leão dourado, Aslam. Aqui conhecemos os segredos que envolvem a história e que preenchem muitas lacunas d’O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. Sabemos agora quem foram os primeiros Rei e Rainha, sem contar que somos apresentados ao famoso guarda-roupa e o aí se entende do porque ele levar as próximas crianças de volta a tão fabulosa terra de Nárnia.

Avaliação: ★★★★★ ♥


p.s.: essa resenha foi oficialmente postado no Ao Sugo

Comentários

  1. Eu preciso ler Nárnia! Aliás, eu dei uma lida no começo e gostei bastante! É uma leitura bem leve. :D Assim, como a tua resenha, gostei bastante. Sempre passo aqui no blog.

    Agora que tô acabando o terceiro das Crônicas de Gelo e Fogo vou dar uma escapada e ler Nárnia antes de prosseguir para o quarto.

    ResponderExcluir
  2. Eu li os sete livros em volume único, pela Martins Fontes. E como gostei da maneira de Lewis em ensinar religião para crianças e acabar ultrapassando muitas fronteiras literárias com isso. Em um dos livros, há uma frase de Aslam que nunca esqueço e levo como ensinamento: "o rei obedece as leis, porque as leis o fizeram rei".
    Abraços!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. essa frase é no livro O sobrinho do mago??

      Excluir
  3. Tenho o volume único das Crônicas de Nárnia, mas ainda não tive a oportunidade de ler toda a obra.
    Estranhei o Sobrinho do Mago, em um primeiro momento, pelo tom utilizado pelo autor em alguns trechos. Nada que uma pequena dose de entrega não resolva e, quando isso acontece, você passa a se maravilhar com os detalhes da história, a forma como as crianças encontram um mundo desconhecido e decidem desvendar seus mistérios.
    Outro fato interessante é a semelhança entre a criação de Nárnia e a da Terra Média, de Tolkien.

    É uma leitura leve, mas da qual você consegue tirar bons ensinamentos. Não é nenhuma surpresa que a obra de Lewis tenha inspirado tantos autores das gerações atuais.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Muito obrigada pelo comentário e pela visita! ♡
Responderei assim que puder ;)