julie azevedo
Since 86. Queer person. leitora que escreve & escritora que lê. escuto música, bebo café e sou adepta do slow living e slow content. Aqui temos praticamente 15 anos de história. arte: yelena bryksenkova

Orgulho e Preconceito (Pride & Prejudice): livro + filme

Mesmo tendo lido apenas esse livro da Jane Austen, eu me tornei fã da autora. Ela conseguiu reunir a realidade desesperadora da sociedade inglesa no século XIX e, ao mesmo tempo, introduzir romance a história. Ela escreve com convicção sobre como era em sua época, e o que mais importava à maioria das famílias: que as filhas casassem com um homem bom, que possuísse bens o suficiente para mantê-las o resto da vida. Verdadeiramente essa realidade pertencia a Jane Austen, e ela no seus 20 e poucos anos escreveu sobre o que lhe chamava a atenção.

No livro existe um romance com certo preconceito, e que foi abalado pelo orgulho entre os personagens de Sr. Darcy e Elizabeth Bennet. No entanto, esses defeitos, tão abominados por eles próprios, foram abandonados com ajuda incessante do interesse maior um pelo outro. O que vemos é uma luta entre sentimentos, que muitas vezes julgados erroneamente, levam-os a pensar que se detestam.

Entre esses conflitos há a incansável tentativa da Sra. Bennet de casar as filhas urgentemente com o primeiro ricaço que lhes aparecer, refletindo o que naquela época era o que mais importava à uma mãe, e é aí que entra o Sr. Bingley. Com seu charme aristocrático, ele consegue a atenção das moças Bennet. O que torna, também, o preconceito de alguns personagens mais evidente (no Sr. Darcy muito mais), por se julgarem superiores e, talvez, acharem que pessoas de classe mais baixa não devessem ter o mesmo prestígio que as que possuem mais dinheiro.

E acompanhamos pelas  páginas, entre os grandiosos bailes privados e públicos, jantas nos estupendos palácios, esse romance com reviravoltas e descobertas sobre como um sentimento pode ser mais forte do que todos os receios sobre a personalidade e o caráter de alguém.

Já no filme dirigido por Joe Wright, toda essa paixão (e eu digo pela intensidade de como a história discorre) não é menor, mesmo muitos dos parágrafos do livro terem sido cortados. Mas de modo algum o filme deixa de ser apaixonante como a obra literária. Ele tem apenas a essência dos acontecimentos que a obra possuí, mas convenhamos que um livro grande como ele, e com a narrativa longa e algumas vezes parada, nada mais justo que enxugar algumas partes e colocá-las de uma maneira resumida, mas que explique todo o conflito que os personagens estão passando.

A atuação de Keira Knightley como Lizzy Bennet não é totalmente impecável, mas ela consegue passar a doçura, inteligência e a ironia que a personagem possuí com tanta altivez. Muitas vezes deixando transparecer uma certa inocência por parte de sua personagem, que no livro não é tão aparente - embora isso não seja um ponto negativo.

Eu não poderia deixar de citar a belíssima trilha sonora, com tantas interpretações em piano que embeleza ainda mais o cenário tão cuidadosamente escolhido para rodar o filme.

O que me chama atenção nas obras, além do simples fato de ser um romance histórico, é que a autora consegue nos mostrar de maneira interessante e direta como ela mesma vivia, e o modo que a sociedade via o casamento naquela época. Isso se pode ver no filme também, talvez com um pouco mais de dinâmica, mas sem deixar de entendermos do que se trata. Aconselho ler e assistir essas duas obras magníficas que me conquistaram por ter uma história cativante do começo ao fim, e hoje são um dos meus livros e filmes favoritos.

Comentários

  1. [...] do Mochileiro das Galáxias- Douglas Adams 4. Os Contos de Beedle, O Bardo – J. K Rowling 5. Orgulho e Preconceito – Jane Austen 6. O Pequeno Príncipe – Antoine de Saint- Exupéry 7. O Restaurante no Fim do Universo – [...]

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